Internações por acidentes ofídicos no Brasil geram custos diretos para os serviços de saúde superiores a R$1.300.000,00, alerta novo boletim epidemiológico digital do PISAT

Acidentes com animais peçonhentos são comuns no Brasil. Em 2018, houve 259.553 casos (123,9 casos/100.000 hab.), dos quais 292 foram óbitos, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do DataSus (Brasil, 2020). Picadas de serpentes, aranhas e escorpiões predominam. 

Os envenenamentos ofídicos, por sua vez, ocuparam o 3º lugar em número de ocorrências, e representaram a maior parte dos óbitos (38,6%) (Brasil, 2020). São dados do novo boletim digital elaborado pela equipe do Programa Integrado em Saúde Ambiental e do Trabalhador (PISAT) do Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA). 

Entre 2007 e 2018, os custos com acidentes de trabalho por ofidismo foram de R$1.311.000,00, que variaram distintamente entre as regiões. Por exemplo, as regiões Norte e Nordeste apresentaram tendência de queda no tempo, atingindo em 2016-2018, 1/3 do valor inicial (2007-2009). Nas demais regiões, houve diferença no comportamento da curva de custos hospitalares, com tendência de crescimento especialmente nas regiões Sudeste, que passou de R$92.000,00 no primeiro triênio para R$133.000,00 no último, um aumento de 44%, e CentroOeste, que passou de R$52.000,00 para R$85.000,00, correspondendo a um aumento de 65%.

Através do vídeo, você acessa aos resultados do estudo “Custos hospitalares dos acidentes de trabalho por picadas de serpentes no Brasil, 2007-2018″, que analisou os dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS).

Assista ao vídeo e confira o estudo na íntegra.